Todos temos algo a dar e a receber: obrigatoriedade de intercâmbio. O Banco de Tempo não é uma estrutura em que se dá sem receber em troca, nem em que se recebe sem dar nada em troca. Não existe troca directa de serviços: o tempo prestado por um membro é-lhe retríbuido por qualquer outro membro. Troca-se as horas por tempo: a unidade de valor e de troca é a hora. Todas as horas têm o mesmo valor:não existem serviços mais valiosos do que outros, nem escalas de valor de serviços. O serviço prestado não tem de ser igual recebido. A circulação de dinheiro só é possível para reembolso, previamente acordado, de despesas específicas e documentadas. Os serviços prestados correspondem a actividades não profissionais que se realizem com gosto: a troca assenta na boa vontade, na lógica das relações de "boa vizinhança". São serviços de ajuda, não incluíndo queles que exigem um certificado ou habilitações especiais.
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